quarta-feira, 23 de julho de 2008

Nova capa para o "Manual Prático do Ódio"

Durante a primeira oficina de Literatura na Escola Arnaldo Grin, as acadêmicas Surian e Magda explicaram aos alunos o significado da capa do livro "Manual Prático do Ódio": que a letra usada na capa é a mesma usada nas máquinas de escrever que fazem os boletins de ocorrência nas delegacias e que o anjo negro representa que não há apenas bandidos e criminosos nas favelas, mas, também, pessoas de bem. Além disso, perguntaram aos alunos qual foi a impressão que eles tiveram dessa capa.
Repeti essa atividade, em sala de aula, com aqueles alunos que não foram à Oficina e pedi a eles que criassem uma nova capa para o livro. Aqui estão algumas delas:







sábado, 19 de julho de 2008

Personagens do livro "Manual Prático do Ódio"

No livro "Manual Prático do Ódio" não há desenhos dos personagens, então, propus aos alunos da 5ª série que desenhassem Régis, Aninha, Neguinho da Mancha na Mão, Nego Duda, Mágico... de acordo com a visão que eles tiveram desses personagens após a leitura da obra. Os desenhos ficaram muito legais, aí estão alguns deles.











quinta-feira, 17 de julho de 2008

Grafite na Arnaldo Grin




O grafite é uma arte ligada a vários movimentos, em especial ao hip hop. É a forma que o jovem tem de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos. Reflete, entre outras coisas, a realidade das ruas e foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros por sua vez não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro, o estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.

É isso aí galera da Arnaldo Grin, o trabalho ficou lindo, deu colorido às paredes da nossa escola!

II Encontro Literatura e Adolescente

No dia 15/07, a SMED/NH, em parceria com a Feevale, realizou o II Encontro Literatura e Adolescente: uma capacitação para os professores das escolas municipais que estão trabalhando as obras do escritor Ferréz. Foi um momento para que trocássemos informações, expuséssemos nossos trabalhos e aprendessemos a usar o blog como um recurso a mais na educação.
Momentos assim são muito importantes para renovar nossa bagagem, voltamos para sala de aula com idéias novas, recarregados.
Obrigada Richard, Magda, Surian e Lenira.











sexta-feira, 11 de julho de 2008

Um pouco mais sobre Ferréz


"Um dos mais respeitados autores da nova geração de escritores”

Ferréz é um híbrido de Virgulino Ferreira (Ferre) e Zumbi dos Palmares (Z) e uma homenagem a heróis populares brasileiros.

Ferréz começou a escrever aos sete anos de idade, acumulando contos, versos, poesias e letras de música. Antes de se dedicar exclusivamente à escrita, trabalhou como balconista, vendedor de vassouras, auxiliar-geral e arquivista. Seu primeiro livro, "Fortaleza da Desilusão", foi lançado em 1997, com patrocínio da empresa onde trabalhava.

A notoriedade veio com o lançamento de "Capão Pecado" que está na terceira edição, lançado em 2000, romance sobre o cotidiano violento do bairro do Capão Redondo, na periferia de São Paulo, onde vive o escritor.

É, também, ligado ao movimento hip hop e fundador da 1DASUL (marca de roupa totalmente feita no bairro).

Ferréz atuou como cronista na revista Caros Amigos. Em sua prosa ágil e seca, composta com doses igualmente fortes de revolta, perplexidade e esperança, reivindica voz própria e dignidade para os habitantes das periferias das grandes cidades brasileiras.











Se eu quero, eu posso, eu sou

Um aluno que leu o "Manual Prático do Ódio" encontrou, no livro "Capão Pecado", também do Ferréz, esse trecho e me pediu para postar aqui, é tocante:

"É óbvio, nós sabemos quais são as carências daqui, mas muitos não fazem a correria para que isso se reverta. As armadilhas estão armadas há tempos, algumas já utilizadas, nós as enxergamos e podemos desativá-las. Basta acreditar que a revolução começa a princípio em cada um de nós. Se eu quero, eu posso, eu sou. Abrace essa idéia de um modo positivo.
Periferia é tudo igual, não importa o lugar: Zona Oeste, Leste, Norte ou Sul. Não importa se é no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, Brasília ou em São Paulo. Enfim, seja lá qual for o lugar, sempre serão os mesmos problemas que desqualificam o povo mais pobre, moradores de casas amontoadas umas em cima das outras.
Mas e aí? Fazer o quê? Como diz o Tim:
- Ah! se o mundo inteiro me pudesse ouvir...
Mas como todos nós sabemos que é muito difícil fazer com que o mundo inteiro nos ouça, nós mandamos um toque daqui, do nosso canto; de onde Deus escolheu para ser um lugar em que nem tudo dá certo, um lugar em que você pode perder a vida num piscar de olhos, um lugar que é considerado o Pecado das Periferias, um lugar chamado Capão Redondo!
O nosso lugar, descubra-o.
Paz!"

(FERRÉZ. Capão Pecado. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005, p.69)



Levei "Capão Pecado" para sala de aula porque no inicío do livro Ferréz conta como se tornou escritor, largando a profissão de faxineiro em um grande hotel em São Paulo para ir em busca do seu sonho e, seis meses depois, voltou a esse mesmo hotel como palestrante.

Literatura e resistência



Os alunos queriam ver, ouvir o Ferréz, porque no livro aparece apenas uma fotinho pequena dele. Então, conseguimos alguns vídeos com o escritor. Esse é um deles.

Mais fotos da oficina do dia 01/07






8º B durante leitura





8º A durante leitura







5ºA durante leitura





quinta-feira, 10 de julho de 2008

Novo final para a história de "Nego Duda"



Nego Duda é um dos personagens do livro "Manual Prático do Ódio". Foi o que mais chamou a atenção dos alunos porque, durante a história, ele é traído por seu amigo Régis.
Em sala de aula, pedi aos meus alunos para que criassem um novo final para essa história, um final sem violência, com alternativas, uma nova chance a Nego Duda.

"Nego Duda era um cara bom e pobre, tinha um irmão pequeno. Um dia, ele pensou em trabalhar e foi procurar emprego em uma padaria, mas tinha que ter 2º grau e, então, ele resolveu pedir um conselho para seu amigo Régis.
Régis disse para Nego Duda estudar à noite em alguma escola. Ele seguiu o conselho de Régis, foi estudar e completou o 2º grau, depois se formou, virou advogado e defendeu muita gente. Nego Duda também arrumou uma namorada, foi morar na cidade e cuidou de seu irmão".
(Douglas - 5ºB)


"Régis iria matar Nego Duda só que desistiu porque viu o sofrimento da sua mulher e do seu filho e pensou... 'se eu matar ele é como se ele me matasse porque muita gente irá sofrer, assim como minha mulher e meu filho'. Então foi à casa de Nego Duda e convidou ele e seu irmãozinho para dar um passeio, andaram pela favela e voltaram para casa. Combinaram para saírem outro dia novamente".
(Tailane - 5ºB)

"Um homem pediu para Nego Duda ir até uma favela matar uma pessoa e, em troca, Nego Duda ganharia dinheiro. Ele pediu um tempo para pensar e foi falar com Régis, chegando lá Nego Duda contou toda a história para Régis, que falou:
- Marca um encontro com ele, mata ele e pega o dinheiro. - Boa idéia, Régis. Você é meu melhor amigo.
Nego Duda pensou muito e resolveu que não ia matar, chamou seu pai e falou toda a história pra ele, depois pediu muito para seu pai não gastar dinheiro com cerveja - seu pai concordou.
O pai de Nego Duda pouco a pouco foi melhorando e Nego Duda nunca mais passou fome".
(Catiele - 5ºB)







Alunos do 5º B da Arnaldo Grin


quarta-feira, 9 de julho de 2008

Oficina do dia 01/07



No dia 01/07, os alunos da 5ª e 8ª séries do turno da manhã e seus professores de Português: Ana e Marcelo receberam a visita das professoras Simone, Magda e Surian que nos encantaram com uma oficina sobre o livro "Manaual Prático do Ódio", do escritor Ferréz. Elas levaram os alunos a decifrar a capa do livro e as gírias usadas pelo autor, relacionando-as com a linguagem dos próprios alunos.

Valeu gurias!




Gírias do livro


Gírias do livro


Profª. Ana, Prof.ª Magda, Prof. Marcelo, Prof.ª Simone e Prof.ª Surian