segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Encontro com Ferréz


"Gente, eu toquei no Ferréz"

Foi assim que um aluno da 5ª série relatou a experiência de estar frente a frente com o escritor Ferréz durante a 26ª Feira do Livro de Novo Hamburgo no dia 14/08. Realmente foi muito bom, alguns dias antes do encontro esse era o assunto central das aulas de Português na Arnaldo Grin, os alunos queriam saber se poderiam fazer perguntas, se poderiam tirar fotos, chegar perto do Ferréz, se ele iria cantar um rap ou dançar... eram tantas perguntas que às vezes eu chegava a pedir para eles trocarem de assunto.

Finalmente chegou o dia, a galera colocou a melhor roupa, passou a mão na digital, no celular que tira foto, nos livros para autografar e foi pro centro da cidade conhecer o Ferréz. Quando chegamos no teatro, eles perguntavam: "É aquele lá sora?" e os olhos buscavam atentos enxergar o escritor que eles ouviam falar há mais de três meses. Uma das primeiras frases dele foi: "Vocês sabem qual é o caminho mais curto para alguém que nasce pobre sair da pobreza?" "É o estudo". Essa frase foi repetida na sala de aula como a mais marcante da palestra do Ferréz.

Mas o que eles adoraram mesmo foi cantar um rap com o escritor e subir no palco pra dançar. A cada minuto surgia um rostinho novo no palco inventando um passo e promovendo a integração entre as escolas e os bairros: Santo Afonso, Iguaçu, Kephas, São José. Voltamos pra casa renovados pela alegria de estarmos juntos dividindo experiências e pela alegria de descobrirmos que da periferia brotam novos talentos, o Ferréz está aí pra provar!

3 comentários:

Maria Ester disse...

Foi maravilhoso. Meus alunos e alunas também sairam encantados. Beijão no menino que integrou-se com a nossa meninada no inicio, como é o nome dele? Parabéns a todos e todas nós. Abraços, Ester.

Professora Ana Cândida disse...

Ester, o nome dele é Carlos Alexandre, mas todos o conhecem na escola por "Chimarrão"... o guri dança muito! Fiquei fascinada!
Abraços!

Lenira Brisch disse...

Ana
Teu relato traz o que mais há de mais significativo, no meu ponto de vista, do nosso fazer pedagógico. Possibilitar aos nossos alunos visualizar experiências de resistência e realização com a ferramenta palavra/estudo. Estar em sala de aula e receber/perceber o retorno imediato que se tem desse investimento é uma dádiva.
Axé Arnaldo Grin!